sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Brasil sem aborto, a Vida depende do seu voto!

Vejamos abaixo o que devemos ver como prioridade e questão de Saúde Pública!!!...

Brasil sem aborto,
a Vida depende do seu voto!


Não podemos nos calar!!! É para você que é Cristão!!!




Pr. Paschoal Piragina Jr
Presidente da Primeira Igreja Batista de Curitiba

Dilma quer legalizar o aborto:

Honre o voto cristão, não vote em Dilma!




Dom Beni:

Apelo a Todos os Brasileiros e Brasileiras




Dom Benedito Beni dos Santos é um dos bispos católicos que assinam o "APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS" que tem sido amplamente difundido pela sociedade em um ato de protesto contra àqueles que se comprometem com a legalização do aborto a todo custo pela sociedade brasileira.

Dom Benedito Beni dos Santos
Bispo Diocesano de Lorena
Vice-Presidente do CONSER-SUL 1

http://www.cnbbsul1.org.br/

O aborto é uma discussão ética, moral, legal e esp iritual. Não dá para desassociar nenhum destes aspectos quando se fala nele.

Legalizar o aborto de certa forma está se falando em legalizar o assassinato. Sabemos que esta discussão vai além da concepção, pois os defensores militam também pelo direito de interromper a vida. Juridicamente, interromper a vida é crime, prescrito em Lei.

A discussão também se relaciona de quem é o corpo, muitos afirmam que o corpo é propriedade da mulher. Ainda que a criança desenvolva dentro do útero, ela (criança) não é propriedade da mulher. Entramos numa questão ética e moral e de direito.

Quando entramos na questão religiosa o fator ainda é mais agravante e jamais a igreja ou qualquer outra entidade religiosa ou mesmo pessoa que se diz ser espiritual pode aceitar o aborto. Pois aceitar, implica-se em definitivamente assumir que não tem espiritualidade. Todos aqueles que se dizem acreditar na vida após a morte sabe que a partir da concepção este Ser humano passa a ter uma alma, um Espírito e assim, pertencer ao reino eterno. Ainda que os espirituais saibam que a vida abortada receberá a herança eterna, o crime que se comete contra ela é de uma dimensão proporcional diant e ao plano espiritual.

Este grande crime de dimensão espiritual não recai tanto sobre a mulher que aborta, mas naqueles que a ajudam na tomada da decisão, pois na grande maioria dos abortos eles são incentivados por outros. A mulher, na maioria das vezes toma tais atitudes por desequilibro emocional, pela falta de apoio seja da família como daquele que a engravida, da sociedade e do Estado. Portanto, de todos que estão envolvidos no aborto a mulher é também uma vitima como a criança abortada na grande maioria dos casos.
Poder-se-ia dizer: “Há muitos abortos clandestinos feitos, os quais ocorrem muitas mortes ou esterilidades de mulheres e a legalização resolveria o problema.” Pois bem, nem tudo que é ilícito se deve legalizar. Daria o exemplo das drogas: H á muitos jovens morrendo de overdose, se destruindo e destruindo a família; portanto se deve legalizar todos os tipos de drogas para que isto não ocorra? Certamente, muitos são contrários a legalização das drogas. Este é um exemplo, poderíamos encontrar vários outros exemplos. Enfim, se algo é ilegal tem uma razão lógica de ser. E em relação ao aborto há muitas razões lógicas de se criminalizá-lo e varias destas estão fundamentadas nas questões éticas, morais, de Direito e a espiritual.
Em suma, há mil maneiras de lidar com a questão da gravidez indesejada sem necessidade da sociedade através do Estado legalizar um genocídio como, por exemplo, apoio social, biológico e psicológico à mulher que se engravide de maneira irregular; exigir atitudes dos genitores (no caso os homens) para que assuma a criança, a mu lher durante a gravidez. Enfim, há varias políticas públicas sociais que podem ser implementadas para evitar a gravidez sem necessidade da legalização do aborto.

Pense nisso!!!
Pois é você quem escolhe as pessoas,
que tomaram as decisões por você Lá!

E somos nós que nos responsabilizaremos pelas conseqüências...

Não Seja Você... Um Assassino...
Pois estamos avisando!!!

03 de Outubro - Vote consciênte!

A Lei de Deus é baseada no Amor e preserva a Vida!

"NÃO MATARÁS*." ( EXO 20, 13 )

Veja também!!!
É muito importante você saber!!!


http://www.votopelavida.com

Aldecir Ferreira Nunes dos Santos
Coordenador geral da Pastoral da Catequese
Paróquia Divino Espírito Santo - Matão/SP
Diocese de São Carlos

sábado, 18 de setembro de 2010

Testemunho de uma abortada - Sobrevivi após ser abortada

A minha mãe biológica estava grávida de sete meses e meio quando decidiu abortar-me. Não sei por que é que ela tomou essa decisão. estávamos em 1977. Ela e o meu Pai biológico tinham 17 anos na altura e não estavam casados.

Ela decidiu abortar numa clínica de Los Angeles e realizou um aborto salino. Uma solução com sal é injetada no ventre materno e o bebé bebe-a, ficando queimado por dentro e por fora. Nesse tipo de aborto o bebê é expelido morto em 24 horas; mas eu sobrevivi.

O Aborcionista não estava de serviço quando eu vim ao mundo porque se isso tivesse acontecido ele tinha-me estrangulado, algo que era considerado perfeitamente legal até 2002. A unica pessoa preocupada comigo foi a enfermeira. Ela chamou uma ambulância e fui transportada para o hospital. Fui colocada numa incubadora. Não se esperava que eu sobrevivesse.

Mas sobrevivi.

Devido a ter estado 18 horas sem oxigênio sendo queimada viva no ventre da minha mãe, fiquei com problemas.

Não me conseguia mover por mim mesma e os médicos afirmavam que eu iria viver num estado vegetativo o resto da vida.

A minha mãe adotiva- Penny – decidiu que, não obstante aquilo que os médicos afirmavam, ela tentaria recuperar-me. Com 3 anos e meio comecei a conseguir andar. Foi quando a filha de Penny me adotou.

Tenho 28 anos e trabalho como música em Nashville, Tennesse. Ainda coxeio e por vezes caio, mas já participei numa maratona e irei participar para o ano numa maratona, em Londres, para jovens deficientes.

A minha mãe adotiva falou-me do meu passado.

Sempre senti que havia algo que faltava contar. Perguntava-lhe muitas vezes por que tinha problemas e ela respondia-me que eu havia nascido prematura. Aos 12 anos perguntei-lhe de novo e ela disse-me o que havia acontecido. Eu respondi que tinha este problema devido a um fato interessante. A minha mãe adotiva disse-me que eu, em vez de ficar amargurada deveria alegrar-me por ter sobrevivido.

Quando eu tinha 17 anos a minha mãe adotiva encontrou-se com a minha mãe biológica e disse-lhe que eu a perdoava. Sou cristã. Acredito que a revolta nos pode consumir a vida. A minha mãe adotiva amou-me tanto que eu não sinto necessidade de me encontrar com a minha mãe biológica.

Não sei muito do que se passou no encontro entre elas. Só sei que a minha mãe biológica não pediu perdão e fez outro aborto depois do meu.

Comecei a falar contra o aborto quando tinha 14 anos e falarei na Câmara dos Comuns. Eu penso que é importante mostrar o que aconteceu comigo, não só para mostrar a verdade do aborto, mas também para mostrar as potencialidades que cada um de nós tem dentro de si.

Não creio que o assassinio seja um direito. Sou completamente contra o aborto, seja em que circunstância for, mesmo em casos de violação. Embora a violação seja um crime horroroso, não deve ser a criança a pagar por esse crime. De fato encontrei-me com pessoas produto de violações e elas estão gratas por estar vivas.

Se o aborto é um direito das mulheres, quais são os meus direitos?

Não existiam protestos feministas contra o fato de os meus direitos estarem a ser violados no dia em que fui queimada viva. Todos os dias agradeço a Deus.

Não me considero um monte de células nem um dos nomes que se costumam dar ao que a mulher carrega no seu ventre.

Hoje um bebê é um bebê quando isso convém. Mas quando não convém, quando não chega no momento certo, é chamado de um monte de células.

Um bebê é chamado de bebê quando um aborto não provocado ocorre aos 2 , 3 ou 4 meses. Um bebê é chamado de monte de células quando um aborto ocorre aos 2, 3 , ou 4 meses. Eu não vejo diferença entre os 2.

Acredito que sou prova viva de que o aborto é o assassinio de um ser humano. A minha Mãe biologica, há 28 anos, estava convencida de que tinha direito de escolher, de que tinha direito a uma escolha que só afetaria a ela. Mas em cada dia da minha vida eu carrego as consequêcias da sua escolha. Embora eu nada tenha contra ela, acho importante as pessoas refletirem antes de tomarem determinadas decisões.

Giana Jessen, sobrevivente de um aborto

Revista “O Pão da Vida”, janeiro de 2008
Comunidade Católica Pantokrator

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O mundo contra o aborto - Estados Unidos


Maioria dos americanos considera aborto “moralmente incorreto”

Segundo uma recente pesquisa dos Cavaleiros de Colombo

Por Nieves San Martín

NEW HAVEN, sexta-feira, 22 de janeiro de 2010 (ZENIT.org).- Às vésperas do 37º aniversário da sentença do Tribunal Supremo dos Estados Unidos no caso Roe versus Wade, que legalizou o aborto em todo o país, uma pesquisa recente mostra que a grande maioria dos americanos acredita que o aborto é moralmente incorreto.

A geração do milênio (os que têm entre 19 e 29 anos) considera o aborto “moralmente incorreto”, inclusive mais (58%) que a geração do boom (os que têm entre 45 e 64 anos), com 51%. O resultado da geração X (entre 30 e 44 anos) é similar ao da geração do milênio (60% veem o aborto como “moralmente incorreto”). Mais de 6 de cada 10 da geração dos mais velhos (maiores de 65 anos) pensam a mesma coisa.

Esta recente pesquisa, levada a cabo entre o final de dezembro e o começo de janeiro, é a última de uma série de pesquisas semelhantes organizadas pelos Cavaleiros de Colombo e realizadas pelo Instituto Marista para a Opinião Pública.

Em outubro de 2008 e julho de 2009, a pesquisa fez o acompanhamento de uma tendência crescente à posição pró-vida, confirmada por Gallup e pelo estudo do Centro Pew de meados de 2009.

A pesquisa dos Cavaleiros de Colombo - Maristas está disponível em www.kofc.org / moralcompass.

“Os americanos de todas as idades – e os jovens em número ainda maior que seus pais – veem o aborto como algo moralmente errado – disse o supremo cavaleiro Carl Anderson. Os Estados Unidos deram um giro e estão abraçando a vida e, ao fazê-lo, estão abraçando um futuro do qual eles – e todos nós – poderemos estar orgulhosos.”

E acrescentou: “Os avanços na tecnologia mostram claramente – e cada vez mais claramente – que uma criança não-nascida é totalmente um ser humano. Isso, e o grande número de americanos que conhecem uma das muitas pessoas que foram negativamente afetadas pelo aborto, são certamente duas das razões pelas quais os americanos estão cada vez mais incomodados com o legado de aborto de Roe v. Wade, e com o aborto em geral. A maioria dos americanos entende que o aborto tem consequências e que estas não são boas”.

A questão do aborto faz parte de uma pesquisa mais ampla que será divulgada nos próximos dias.

Este informe apresenta os resultados de uma pesquisa feita com 2.243 americanos – incluindo uma amostra suplementar de 1.006 da geração do milênio. Os resultados para os americanos têm uma margem de erro de +/-2% e, para a geração do milênio, +/-3%.

Os dados foram recolhidos de 23 de dezembro de 2009 a 4 de janeiro de 2010, usando um painel online baseado em probabilidades de Knowledge Networks, Inc.

O mundo contra o aborto - México


México: estreia da peça de teatro “Vida por Amor”

Sobre Bernard Nathanson e Norma Mccorvey, abortistas arrependidos

CHIHUAHUA, sexta-feira, 4 de junho de 2010 (ZENIT.org).- A peça de teatro "Vida por Amor", produzida e dirigida por Laura Zapata, foi estreada no Teatro da Cidade de Chihuauha, México. A obra está baseada na vida de Bernard Nathanson e Norma McCorvey, abortista arrependidos transformados em defensores da vida.Os primeiros atores de "Vida por Amor" são Laura Zapata, Manuel Ojeda e Marco Uriel.

A obra está baseada na vida de Bernard Nathanson, o maior abortista dos Estados Unidos, que praticou pessoalmente cinco mil abortos, incluído o de seu próprio filho, e supervisionou a realização de outros 70 mil.

Norma McCorvey, escondida sob o pseudônimo de "Jane Roe" demandou o direito ao aborto que originou o caso Roe vs Wade em 1973. O Tribunal Supremo dos Estados Unidos, com sete votos a favor e dois contra, descriminalizou o aborto. Mas a parte irônica é que esta sentença foi emitida sobre uma mentira, pois na realidade Norma estava grávida de 8 meses então não foi possível abortar. Este filho, como os dois anteriores, foi dado para adoção.

Antes da apresentação, Laura Zapata ofereceu uma coletiva de imprensa na qual disse: "É um tema que causa controversa e estou segura de que os jovens que verem a obra não vão pensar sequer na possibilidade de um aborto".

Garantiu que os defensores do aborto se defendem de três formas: sob as bandeiras de que deve ser permitido em caso de violação, de má formações genéricas e de que um feto não é humano aos três meses.

"Eu me pergunto, aos três meses o que somos?, um pedaço de chiclete?, um sapato?, e sobre as má formações, por acaso há alguém perfeito?, todos somos imperfeitos, vale mais a graça da imperfeição que a perfeição sem graça; e sobre a bandeira da violação lhes digo, não se pode tapar um crime como o da violação com outro crime igual ou mais horroroso como o aborto", explicou a atriz.

Manifestou finalmente que o propósito da obra é não permitir que continue se votando no México a favor da descriminalização do aborto, que a sociedade se reconcilie com os valores e a vida e além de tudo levantar a voz por aqueles que não tem voz "algo que deveríamos fazer todos os que povoam esse planeta".

O mundo contra o aborto - Polônia


Polônia: Bento XVI saúda

“Marcha da Vida” de Szczecin

Apoiar as famílias que esperam crianças

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 26 de abril de 2010 (ZENIT.org).- Bento XVI saudou os organizadores e participantes da "Marcha da Vida" de Szczecin, na Polônia, após a oração do Regina Caeli de ontem, na Praça de São Pedro.

O Papa cumprimentou os poloneses em sua língua e declarou que se une "espiritualmente a esta iniciativa".

O Pontífice deseja que esta suscite nos poloneses não somente sua "solicitude pela vida nascente", mas também seu "apoio às famílias que esperam filhos".

Depois, Bento XVI lhes pediu que rezassem pelos "que são chamados ao sacerdócio e à vida consagrada".

O mundo contra o aborto - Reino Unido


Reino Unido: polêmica por anúncios publicitários que instigam a abortar

Começaram a ser transmitidos na segunda-feira

LONDRES, sexta-feira, 28 de maio de 2010 (ZENIT.org). "O aborto não é um serviço de consumo", disseram em um comunicado de imprensa os bispos da Inglaterra e Gales, devido à realização do primeiro anúncio de propaganda sobre aborto transmitido nestes países. Este anúncio é promovido pela organização feminista Marie Stopes International.

O comercial começou a ser transmitido na segunda-feira passada. Uma voz em off faz a pergunta: "Está atrasada?", recorrendo à demora do período menstrual.

A propaganda não menciona a palavra aborto. Não obstante, mostra uma adolescente em um ponto de ônibus, uma mãe com duas crianças caminhando e uma jovem em um café olhando para a rua.

"Se atrasar, você pode estar grávida. Se está grávida e não está segura do que fazer, Marie Stopes International pode ajudá-la", sugere o comercial.

Para os bispos de Reino Unido, para este tipo de procedimentos "não deveria ser permitida a publicidade nos meios de comunicação.

Os prelados disseram que esta publicidade: "deterioram o respeito à vida" e os qualificaram como "enganosos e muito prejudiciais para as mulheres, que podem ser persuadidas a tomar uma decisão precipitada e que logo poderão se arrepender".

Uma publicidade para a qual, de acordo com os bispos, "não interessa a saúde ou o bem-estar psicológico da mulher".

Também aproveitaram os prelados para convidar as mulheres que estão em dificuldade para que procurem organizações que ofereçam informação confidencial e ajuda prática, e que encorajem e sustentem as mulheres de forma que optem de um modo informado, buscando sempre o seu bem-estar psíquico e físico".

Dentro dessas entidades, os bispos destacaram o trabalho da organização britânica pró-vida chamada Life, que busca oferecer apoio às mulheres grávidas, oferecer tratamentos de fertilidade que não comprometam a vida de outros embriões e cuidar de todos os custos da vida do nascituro.

Michaela Aston, porta-voz desta organização, manifestou em declarações à imprensa que este comercial "criará muita ofensa e angústia".

"Estamos muito preocupados porque o anúncio está dirigido especificamente a mulheres grávidas e, embora pareça inofensivo, acredito que muitas mulheres em gravidez de risco não darão conta de que, ao chamar esta linha esperando ajuda, falarão com elas de aborto", assinalou.

"Não posso acreditar que as autoridades permitam a transmissão deste comercial enquanto uma recente consulta revelou que o público em geral se opõe à propaganda de serviços de abortos", concluiu a porta-voz do grupo Life.

O mundo contra o aborto - Canadá

Canadá: bispos convidam a debate pacífico sobre aborto

Reações na mídia a partir da declaração do cardeal Ouellet

QUÉBEC, segunda-feira, 31 de maio de 2010 (ZENIT.org). A assembleia dos bispos católicos de Québec convidou a "recriar um clima de serenidade e de respeito para um diálogo público racional", após as reações em rede, desencadeadas nos meios de comunicação, provocadas pela declaração sobre o aborto do arcebispo de Quebec, cardeal Marc Ouellet.

Em uma conferência de que participou em Québec, perante os membros de um movimento pró-vida no último dia 15 de maio, o cardeal Ouellet falou amplamente sobre a questão do aborto.

Convidou a tomar consciência de que o aborto quer dizer causar a morte de um ser humano, que será sempre um crime, como disse o Concílio Vaticano II, embora este crime não esteja "legalmente" reprimido.

Mostrando a perda do senso moral na sociedade canadense, considerou que a "delicada" escolha do aborto sempre tem "conseqüências morais, psicológicas e sociais graves".

"O ser humano no seio materno" deve ser "respeitado porque é uma pessoa humana", ainda que "chegue com uma doença ou deformação, embora possa importunar a carreira de uma mulher que não lhe esperava".

Referiu-se, também, às conseqüências dolorosas desta escolha para as mulheres e desejou que se oferecesse "mais atenção" às "mulheres em perigo".

"É necessário apoiar, ajudar, escutar, sugerir e manifestar muito carinho", disse, e lamentou que não "seja promovida mais" a adoção.

O cardeal também se referiu ao caso de uma mulher violada, recordando que a criança não é responsável.

"O agressor não é o menino; é o outro", "acredita que a mulher ajuda, para reparar um crime, cometer um crime?".

A urgência de um diálogo pacífico

Estas declarações causaram fortes reações dos meios de comunicação canadenses, que refletiram as reações de membros de diferentes partidos políticos e de movimentos pró-aborto, para os quais as declarações do cardeal intentavam reabrir o debate sobre o aborto.

Em um comunicado publicado em 17 de maio, o bispo de Trois-Rivières e o presidente da assembléia dos bispos católicos de Quebec, Dom Martin Veillette, destacou "a urgência de um diálogo pacífico".

Dom Veillette chamou tanto aos "pró-vida" como aos "pró-aborto" para chegar a um acordo "sobre a necessidade absoluta de aplicar medidas para que toda mulher grávida com risco possa ser acompanhada, ajudada, abrigada e amada".

Despertar as consciências ao drama do aborto

O diretor de comunicação da Igreja Católica em Quebec, M. Jasmin Lemieux-Lefebvre, também reagiu a estas imediatas reações suscitadas pelo cardeal Ouellet.

Recordou que o cardeal não condenou "mulher alguma", mas que desejou que "ajudem-nas antes ou depois do aborto".

"Ele entende a angústia que conduz a esta dolorosa escolha", declarou. "As mães e os pais merecem o apoio da sociedade inteira para evitar que elas cheguem ao aborto. Deve-se facilitar a adoção".

"Quando o cardeal convida a reabrir a questão do aborto, é para oferecer uma proteção ao menino no seio materno", disse.

E lembrou que "o Canadá é o único país do mundo que mantém um total vazio jurídico neste tema".

E concluiu: "Porém, a prioridade nestes momentos não é a penalização, mas um despertar moral e uma educação das consciências face ao drama do aborto".

O mundo contra o aborto - América Latina

América Latina está fortemente contra o aborto

Um estudo desmistifica que este tema seja um “clamor social”

CIDADE DO MÉXICO, segunda-feira, 7 de junho de 2010 (ZENIT.orgEl Observador).- Um estudo de opinião pública realizado pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (FLACSO) revelou que em quatro países da região a maioria dos cidadãos se opõe à legalização do aborto. No Brasil, Chile, México e Nicarágua não há apoio da opinião pública para a legalização total do aborto.

Entre 66% e 81% dos entrevistados rejeitaram a legalização do aborto em seus países. Foi-lhes pedido para escolher de 1 a 10, onde o 1 era a lei mais restritiva e o 10, a liberação total. A média em todos os países foi de 4.5, uma resposta que se inclina a uma oposição à interrupção da gravidez.

Fazendo uma análise mais acurada, vê-se que 56% a 69% dos habitantes destas nações consideram que a vida do feto está acima de todas as coisas. Os que consideram que o aborto deixa traumas psicológicos e sequelas físicas na mulher são 64,4% a 80%.

Também foram solicitados os seus pontos de vista sobre a objeção de consciência. A maioria das pessoas de todos os países está de acordo em que os profissionais de saúde devem fazer uso da objeção de consciência. Nas quatro nações pesquisadas, as mulheres se manifestaram contra legalizar o aborto com as seguintes porcentagens: México (50%), Brasil (58%), Chile (62%) e Nicarágua (53%).

O estudo teve uma amostragem média de 1.200 pessoas maiores de 18 anos, com uma margem de erro de 2 pontos, e um nível de confiança de 95%.

Em uma pergunta aberta sobre se está de acordo ou contra a legalização do aborto, no México, 70,8% disseram não estar de acordo; o mesmo aconteceu na Nicarágua, com 81,6%; no Brasil, com 72,7% e Chile, 66,2%. Esta investigação foi patrocinada por um instituto de pesquisa com tendências pró-abortistas.

Como o aborto é promovido na América Latina?

Segundo o diretor do escritório para a América Latina do “Population Research Institute”


LIMA, quarta-feira, 19 de maio de 2010 (ZENIT.org).- Primeiro se cria uma polêmica sobre um caso humano dramático de uma criança estuprada; depois se propõe uma lei geral de legalização do aborto. Este processo, adotado em outros continentes, está sendo aplicado na América Latina, como explica a ZENIT nesta entrevista Carlos Polo Samaniego, peruano, antropólogo e diretor do escritório para a América Latina do Population Research Institute desde 2001.

Este consultor de várias organizações na América Latina sobre política familiar analisa dois casos muito parecidos, que levantaram muitos artigos e debates radiofônicos e televisivos nas últimas semanas.

Um foi uma denúncia aos meios de comunicação, em Quintana Roo (México), no início de abril, provocando um debate regional em relação a uma menina de dez anos grávida do padrasto que a estuprou. A menina, que se encontrava em um estado avançado de gestação, não foi submetida ao aborto.

Em 12 de abril, a imprensa brasileira explicava que uma criança de 10 anos havia feito um aborto, com a aprovação de um juiz, em Recife, após ter sido estuprada diversas vezes por seu padrasto.

- Em ambos os casos, algumas organizações solicitavam o aborto para salvar a vida das mães; não é coincidência o fato de irem à imprensa os dois casos ao mesmo tempo?

Carlos Polo: Tudo parece indicar que não. O escritório da América Latina de Population Research Institute vem fazendo monitoração de casos como estes há alguns anos. Analisamos as iniciativas e publicações das principais organizações abortistas na América Latina e detectamos padrões comuns.

Os de Quintana Roo e Recife pertencem a uma grande lista de casos similares "fabricados" para legalizar o aborto na América Latina. Argentina, Peru, Colômbia, Nicarágua e Honduras são alguns dos lugares escolhidos por esses grupos que não buscam o bem-estar das meninas, mas sim impulsionar sua agenda, apelando aos sentimentos de compaixão para implementar confusão na opinião pública. Podemos dizer que buscam semear confusão mesmo dentro da Igreja.

- Em que se baseia para afirmar que os casos são "fabricados"?

Carlos Polo: Temos que dizer que o drama das meninas grávidas é real e sumamente doloroso. O que se fabrica e manipula é a repercussão midiática e a insistência de que o aborto é a única solução. Sobre esta realidade, são montadas campanhas que apresentam o aborto para aqueles que procuram outras saídas fora do aborto como um povo sensível, desumano e incompreensível. Os bispos, sacerdotes e leigos comprometidos, usualmente os primeiros defensores da vida dessas criaturas que estão por nascer, são muitas vezes alvos de ataque. A pressão chega a ser muito forte, como se a tensão estivesse situada no nosso senso de humanidade ao extremo. Mas é tudo parte de uma falácia, de uma grande mentira baseada num drama humano: muitas vezes essas meninas nem correm perigo nem querem abortar. E o pior, depois sofrem as consequências de fazê-lo.

- Esta acusação é muito grave. O senhor está em condições de mantê-la?

Carlos Polo: Cada vez temos mais evidências. Durante muito tempo, suspeitamos que isso acontecia mais ou menos da forma como agora conhecemos bem. Mas foi necessário um grande número de leigos, profissionais em diferentes áreas; nós nos organizamos e trocamos eficientes informações e experiências para que pudéssemos descrever todo o circuito, encontrando os padrões de "fabricação" de casos dos quais se falava antes. Agora, cada vez que é gerado um destes "casos", surgem voluntários para socorrer as meninas e seus pais. Por exemplo, graças a Deus, em Quintana Roo se pôde resgatar a menina e salvar seu bebê.

- E o que lhes revelou o caso de Quintana Roo?

Carlos Polo: O que suspeitamos: que um grupo inescrupuloso havia isolado esta família, ocultando seu paradeiro. Pressionaram a mãe até que concordasse a dar seu consentimento ao aborto, ainda que em sua consciência existia uma insatisfação e uma luta muito grande. Na menor oportunidade de fazer algo diferente, essa mãe e essa menina optaram com alegria pela vida. Mas, lamentavelmente, nem sempre chegamos a tempo. Ficam na memória casos como os de Recife (o primeiro de gêmeos há um ano e agora, mais recentemente, outro). O de "Amélia", na Nicarágua, sobre o qual publicamos uma ampla pesquisa há pouco. Amélia tinha câncer no ovário. Diversas organizações católicas ofereceram ajuda para o tratamento do câncer. Mas as organizações feministas que a mantinham oculta e pediam o "aborto terapêutico" não permitiram que ela recebesse a ajuda. Quando a pessoa vê que a prioridade é o cumprimento da agenda política abortista, então é claro que Amélia, como pessoa, não lhes interessa realmente. Não se trata do aborto para que faça bem à Amélia, mas simplesmente de usar aAmélia para que "faça bem" ao aborto.

- Qual é a origem desta estratégia abortista?

Carlos Polo: De fato, há muitas pistas. Uma delas nos coloca em um documento que, em janeiro de 2003, o Center for Reproductive Rights publicou com o título What Role Can International Litigation Play in the Promotion and Advancement of Reproductive Rights in Latin America? (Qual o papel dos conflitos internacionais na promoção e desenvolvimento dos direitos reprodutivos na América Latina?). Suas autoras, Mônica Roa, Luisa Cabal e Lilian Sepúlveda, são membros destacados desta organização de Nova York que promove o aborto legal e o manifesta abertamente.

Nesse documento, dizem claramente: "Os tribunais podem ser um fórum excelente para produzir a mudança". Também afirmam que, nesta estratégia de litígios, sua última oponente é a Igreja Católica. E afirmam que tudo isso se inicia por "examinar o processo de identificação de temas e casos". Abertamente, o Center for Reproductive Rights expõe como sua própria equipe de advogados e suas organizações associadas apresentaram os quatro "casos" citados no documento. Um deles, o da peruana Karen Llantoy, foi utilizado anos depois como argumento por Mônica Roa na sentença que legalizou o aborto na Colômbia.

- Voltando aos casos de Quintana Roo e de Recife. Conte-nos brevemente o que aconteceu em cada um destes "casos".

Carlos Polo: Como se diz, em Quintana Roo se atuou a tempo e foi possível salvar a menina e seu bebê. O "caso", como estratégia abortista, fracassou em todos sentidos. Não houve aborto. Nem as autoridades nem a opinião pública ficaram impressionadas. E o bispo de Cancun-Chetumal, Dom Pedro Pablo Elizondo, L.C., esteve muito consciente da assembleia que procurou criar divisão e dúvidas.

Em Recife, infelizmente, o "caso" terminou com aborto. Ao contrário do México, no Brasil os hospitais do governo oferecem todas as facilidades para abortar em casos de estupro. Mas poucas mulheres estupradas no Brasil escolhem abortar. Este recente caso em Recife tem um componente adicional que confirma muita de nossas informações com a deturpação que a imprensa fez com relação às declarações do arcebispo, Dom Fernando Saburido, dando a impressão que este aprovava o aborto em certos casos de meninas estupradas, para salvar sua vida. É como se utilizasse "argumento de falsa misericórdia".

O mesmo arcebispo teve de acompanhar essa campanha de desinformação com uma nota em que acusa o Diário de Pernambuco de manipular suas declarações. Segundo refere o arcebispo, o jornalista lhe fez a mesma pergunta em várias ocasiões e de diferentes formas, para depois selecionar aquela resposta entre todas que poderia apresentar a manipulação e falsa interpretação. "Recebeu a comunhão, em todos os sentidos, com a orientação de nossa Santa Igreja, que defende a vida e não admite, sob nenhuma hipótese, que seja eliminada, porque é um dom de Deus e somente a Ele cabe decidir - explicou Mons. Saburido. No caso específico da menina de 10 anos, grávida de quatro meses, vítima de estupro por seu padrasto e submetida a um aborto, estou em desacordo da decisão tomada, que considero anticristã por ter tomado uma vida que poderia perfeitamente ser salva. Não faltaria alguma família disposta a adotar o bebê, oferecendo-lhe afeto e dignidade".

Precisamente esse é o ponto chave para começar a derrotar esta estratégia: unidade no interior da Igreja. O testemunho de fé e ação em Quintana Roo ilumina e confirma perfeitamente as palavras do bispo de Recife, e vice-versa. A força do Evangelho da Vida acolhido e testemunhado é mais potente que qualquer vertente abortista.

- Alguns céticos poderiam ainda ter insistido na boa intenção destas organizações ao apresentar estes casos. O que o senhor diz sobre isso?

Carlos Polo: Eu sugeriria que averiguasse como terminam as mulheres concretamente envolvidas nestes "casos". O habitual é o total abandono por parte daqueles que até antes da intervenção eram "seus grandes aliados". Não podemos nos deixar surpreender pela falácia, porque a meia verdade termina sendo uma grande mentira. Qualquer coisa pode ser objeto de uma tentativa de manipulação.

O lema institucional do Population Research Institute é "Colocar as pessoas em primeiro lugar", porque é como uma chave para entender quão prejudicial é o aborto e todos os subprodutos da cultura da morte. E nossa ânsia é servir a todas as instâncias da Igreja para detectar e desmascarar estas manobras. Sabemos muito bem que nestes casos devemos exercitar aquilo que somos como membros do Corpo Místico e cooperar, como um órgão específico, para o bem de todos.

- Finalmente, que recomendação o senhor daria para evitar que haja mais danos com esta estratégia?

Carlos Polo: Que sejamos Igreja. Que nos unamos para pensar, orar, entender e agir pro-ativamente a favor da vida. Que nossos pastores não se sintam sós, porque cada vez somos mais leigos e colocamos nossos talentos profissionais ao seu serviço. Que nossos irmãos se animem a aprofundar neste trabalho e a entrar em contato, como uma grande rede. Só assim podemos enfrentar à altura os desafios do mundo de hoje.

O mundo contra o aborto - Espanha


Espanha: concentração em favor da vida perante Tribunal Constitucional

Na entrada em vigor da lei do aborto, dia 3 de julho

MADRI, quinta-feira, 10 de junho de 2010 (ZENIT.org) - Mais de sessenta entidades convocaram uma concentração no Tribunal Constitucional no próximo dia 3 de julho, data da entrada em vigor da nova lei do aborto na Espanha.

Os manifestantes pedirão ao Tribunal Constitucional que resolva urgentemente os recursos apresentados contra esta lei e, enquanto isso, suspenda a vigoração da lei, informou a ZENIT uma das entidades que participou da convocação, a Federação Espanhola de Associações pró-vida.

O lema da concentração - ¡25 bastan! - expressa a rejeição do aborto, despenalizado na Espanha em três casos, na data de 25 de julho de 1985, e agora facilitado com a nova lei que entrará em vigor.

“Um basta para as pessoas que lucram com o sofrimento alheiro e com total impunidade, chega de disfarçar a verdade com eufemismos e mentiras”, afirmaram.

Segundo as entidades que convocaram a concentração, esta nova lei “tem claros indícios de ser inconstitucional, e causará danos irreversíveis, já que as vidas humanas não podem se recuperar nem as mulheres podem apagar as sequelas ocasionadas pelo aborto”.

A concentração também servirá para pedir apoio institucional para as mulheres grávidas em dificuldades e a valorização da maternidade como um valor pessoal e social.

Entre outros pedidos, será exigido ao Governo “que não instrumentalize as escolas, colocando-as a serviço da difusão de sua peculiar e perversa ideologia sobre a sexualidade, e que respeite o direito dos pais a educarem em liberdade seus filhos em relação a este assunto”.

Segundo as entidades, nas mãos do Tribunal Constitucional está “exigir ao legislador o pleno respeito ao artigo 15 da Constituição, que diz que todos têm direito à vida”.

Entre as entidades que se uniram à convocação, encontram-se a ADEVIDA, Associação Católica de Propaganda, Associação Sanitária Democrática, Centro Jurídico Tomás Moro, Conselho de Leigos de Madri, E-Cristians, Fórum Espanhol da Família e o SOS Família.

O mundo contra o aborto - Portugal


Portugal: entidade pede políticas de apoio à maternidade, não ao aborto

Estudo revela número de mais de 50 mil abortos desde 2007

LISBOA, quinta-feira, 15 de julho de 2010 (ZENIT.org) – A Federação Portuguesa pela Vida (FPV) considera que a legislação do aborto não defende a maternidade nem a dignidade da mulher. Além disso, implica gastos, por parte do Estado de Portugal, que deveriam ser utilizados na promoção de políticas socais efetivas.

É o que revela o estudo consolidado sobre a "Liberalização do Aborto em Portugal, três anos depois", apresentado na manhã dessa quinta-feira em conferência de imprensa pelo Gabinete de Estudos da FPV.

De acordo com dados do estudo – segundo refere Agência Ecclesia –, desde 2007 já se realizaram mais de 50 mil abortos, por opção, em Portugal, um número que representa 97% dos abortos legais feitos em igual período.

Aquele ano foi também o primeiro, desde 2004, em que o número de mortes superou o número de nascimentos.

“Num país que tem a menor taxa de natalidade da Europa e onde se fazem quase 20 mil abortos por ano”, disse Isilda Pegado, presidente da FPV, “não é compreensível que o Governo aplique tantas verbas na promoção do aborto, e não as aplique na criação de políticas socais efetivas e de apoio à maternidade”.

Entre custos diretos e indiretos, a FPV estima que, desde 2007, os 50 mil abortos legais por opção terão custado ao Estado mais de 30 milhões de euros. A Federação acrescenta ainda que “esta é uma estimativa conservadora”.

A análise apresentada pela FPV, baseada em informações da Direção-Geral de Saúde, realça também o aumento da taxa de aborto, nas mulheres mais jovens, entre os 15 e os 24 anos, com crescimentos até 30%, em 2009.

Estudantes e desempregados estão entre os que mais recorrem ao aborto, segundo a análise feita entre 2008 e 2009, representando 35% dos abortos realizados por opção.

O ano de 2009 mostra ainda que a taxa de incidência do aborto é muito maior nas mães solteiras: cerca de 9 mil abortos foram registrados.

“As mulheres estão hoje, mais do que nunca, abandonadas na sua dificuldade”, afirmou Isilda Pegado. “Ao contrário do que foi prometido pelo governo, o apoio à maternidade não existe.”

O mundo contra o aborto - Paraguai


Paraguai: bispos defendem vida e família

Declaração da conferência episcopal


ASSUNÇÃO, quinta-feira, 2 de setembro de 2010 (ZENIT.org) - O Conselho Permanente da Conferência Episcopal do Paraguai publicou no dia 20 de agosto uma declaração, para ser lida em todas as paróquias, chamada "A vida, dom de Deus; a família, patrimônio da humanidade".

A declaração consta de três partes dedicadas, respectivamente, à sexualidade humana; homem e mulher, dois sexos irrenunciáveis; e à família.

Sobre a sexualidade humana, os bispos paraguaios afirmam: "Na gestação de uma nova vida, a natureza apresenta ao mundo o novo ser, homem e mulher. Deus é o criador e o proprietário da vida, conforme nossa fé cristã. Aí se determina o sexo diferenciado de cada um. Em cada um deles está a semente de uma nova vida. Por isso, chamamos a sexualidade humana de fenômeno positivo e um dom de Deus".

"A união da sexualidade com o amor é fundamental - destacam. O amor humano abraça também o corpo e o corpo expressa igualmente o amor espiritual."

Na segunda parte, sobre "Homem e mulher, dois sexos irrenunciáveis", os prelados afirmam: "O homem e a mulher estão orientados a gerar uma nova vida, na responsabilidade compartilhada de seus atos matrimoniais. É a plena expressão da partilha humana, expressão de amor, como experiência matrimonial. A partir da fé, consideramos o matrimônio como um dom de Deus para a humanidade, porque prolonga a ininterrupta corrente da transmissão da vida para a continuidade das gerações".

"Enfim - destacam -, Deus quis doar à união do homem e da mulher uma participação especial em sua obra criadora. Por isso os abençoou com as palavras: ‘Crescei e multiplicai-vos'. No desígnio do Criador, o complemento dos sexos e a fecundidade pertencem, portanto, à própria natureza da instituição do matrimônio."

Na terceira parte, dedicada à família, os bispos afirmam: "Esta começa com o nascimento do primeiro filho. A relação homem-mulher se transforma em uma relação homem-mulher-filho, conferindo ao amor uma dimensão de paternidade-maternidade-filiação. Esta tripla manifestação do amor humano é tão sagrada quanto o matrimônio em si, e deve ser protegida com seus próprios direitos e também obrigações".

Advertem que "um número cada vez maior de filhos e jovens é afetado por problemas muito graves: suicídio, violência nos diferentes âmbitos da sociedade, gravidez precoce, doenças de transmissão sexual, como a pandemia do HIV/AIDS, amizades ruins, o limitado e inadequado acesso aos benefícios da cultura e da recreação, entre outros".

Concluem dizendo que, diante dos avanços dos modelos, perspectivas e ideologias que atacam diretamente a família como fundamento da sociedade, "é necessário reafirmar a defesa da instituição da família e do matrimônio".

"Esta defesa é responsabilidade de todos, em especial dos que exercem o poder político da República, Executivo, Legislativo e Judicial, assim como das organizações da sociedade civil, que incluem a Igreja Católica e a todas as confissões cristãs, particularmente dos meios de comunicação social e de todas as pessoas de boa vontade."

Consideram necessário "um plano educativo que construa personalidades fortes e firmes". Desta forma, afirmam, "o filho e o jovem terão a capacidade de enfrentar os problemas que derivam de conceitos equivocados sobre o matrimônio e a família, que desvirtuam a construção sólida de uma personalidade integrada e equilibrada".

Insistem na participação dos pais de família, sobretudo na elaboração do Plano Educativo Nacional, com a finalidade de salvar a educação de seus filhos. O conteúdo de tal Plano Educativo - destacam - "deve se fundamentar em valores humanos e cristãos, de acordo com a tradição de um país como o nosso, se queremos construir uma sociedade harmoniosa e coparticipativa nos bens temporais e espirituais da nação".

Aborto é uma discussão ética, moral, legal e espiritual















O aborto é uma discussão ética, moral, legal e espiritual. Não dá para desassociar nenhum destes aspectos quando se fala nele.

Legalizar o aborto de certa forma está se falando em legalizar o assassinato. Sabemos que esta discussão vai além da concepção, pois os defensores militam também pelo direito de interromper a vida. Juridicamente, interromper a vida é crime, prescrito em Lei.

A discussão também se relaciona de quem é o corpo, muitos afirmam que o corpo é propriedade da mulher. Ainda que a criança desenvolva dentro do útero, ela (criança) não é propriedade da mulher. Entramos numa questão ética e moral e de direito.

Quando entramos na questão religiosa o fator ainda é mais agravante e jamais a igreja ou qualquer outra entidade religiosa ou mesmo pessoa que se diz ser espiritual pode aceitar o aborto. Pois aceitar, implica-se em definitivamente assumir que não tem espiritualidade. Todos aqueles que se dizem acreditar na vida após a morte sabe que a partir da concepção este Ser humano passa a ter uma alma, um Espírito e assim, pertencer ao reino eterno. Ainda que os espirituais saibam que a vida abortada receberá a herança eterna, o crime que se comete contra ela é de uma dimensão proporcional diante ao plano espiritual.

Este grande crime de dimensão espiritual não recai tanto sobre a mulher que aborta, mas naqueles que a ajudam na tomada da decisão, pois na grande maioria dos abortos eles são incentivados por outros. A mulher, na maioria das vezes toma tais atitudes por desequilibro emocional, pela falta de apoio seja da família como daquele que a engravida, da sociedade e do Estado. Portanto, de todos que estão envolvidos no aborto a mulher é também uma vitima como a criança abortada na grande maioria dos casos.

Poder-se-ia dizer: “Há muitos abortos clandestinos feitos, os quais ocorrem muitas mortes ou esterilidades de mulheres e a legalização resolveria o problema.” Pois bem, nem tudo que é ilícito se deve legalizar. Daria o exemplo das drogas: Há muitos jovens morrendo de overdose, se destruindo e destruindo a família; portanto se deve legalizar todos os tipos de drogas para que isto não ocorra? Certamente, muitos são contrários a legalização das drogas. Este é um exemplo, poderíamos encontrar vários outros exemplos. Enfim, se algo é ilegal tem uma razão lógica de ser. E em relação ao aborto há muitas razões lógicas de se criminalizá-lo e varias destas estão fundamentadas nas questões éticas, morais, de Direito e a espiritual.

Em suma, há mil maneiras de lidar com a questão da gravidez indesejada sem necessidade da sociedade através do Estado legalizar um genocídio como, por exemplo, apoio social, biológico e psicológico à mulher que se engravide de maneira irregular; exigir atitudes dos genitores (no caso os homens) para que assuma a criança, a mulher durante a gravidez. Enfim, há varias políticas públicas sociais que podem ser implementadas para evitar a gravidez sem necessidade da legalização do aborto.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A candidata da PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, respondeu hoje um artigo publicado no site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

ANNE WARTH - Agência Estado

A candidata da PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, respondeu hoje a um artigo publicado no site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), assinado por d. Luiz Gonzada Bergonzini, bispo de Guarulhos, na Grande São Paulo, recomendando o boicote à candidatura dela por causa da defesa do aborto nos casos permitidos por lei. Em entrevista à rádio Marano, de Garanhuns (PE), concedida hoje de manhã, Dilma avaliou que o aborto não deve ser tratado como uma questão religiosa, mas de saúde pública.

O texto do bispo, intitulado "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus", foi publicado na segunda-feira, mas não está mais disponível para leitura no site da CNBB. No artigo, d. Luiz diz não pertencer a nenhum partido, mas ressalta que, como bispo, "denunciamos e condenamos como contrárias às leis de Deus todas as formas de atentado contra a vida, dom de Deus, como o suicídio, o homicídio, assim como o aborto, pelo qual, criminosa e covardemente, tira-se a vida de um ser humano, completamente incapaz de se defender".

"Já afirmamos muitas vezes e agora repetimos: não temos partido político, mas não podemos deixar de condenar a legalização do aborto", diz o texto. "Isto posto, recomendamos a todos verdadeiros cristãos e verdadeiros católicos a que não deem seu voto à senhora Dilma Rousseff e demais candidatos que aprovam tais ''liberações'', independentemente do partido a que pertençam."

Na entrevista, Dilma afirmou que a posição de d. Luiz não representava a da CNBB como um todo. "Até onde eu sei não é a posição da CNBB", disse. Ela defendeu que o governo cumpra a lei e faça o procedimento em estabelecimento de saúde públicos nos casos estabelecidos por lei - estupro e risco de morte para a mãe.

"O que nós defendemos é o cumprimento estrito da lei, que prevê casos em que o aborto deve ser feito e provido pelo Estado", afirmou a petista, ressaltando que mulheres com melhores condições fazem abortos em clínicas, enquanto as menos favorecidas acabam recorrendo a técnicas perigosas, como o uso de agulhas de tricô.

"Não conheço nenhuma mulher que ache aborto uma coisa maravilhosa. Não se deve tratar a questão como religiosa, mas de saúde pública", afirmou. "(O bispo) parte de pressuposto incorreto. Tanto eu quanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não somos pessoas que acham que o aborto é algo para se falar que se defende. O aborto é uma violência contra corpo de mulher", disse a candidata.

COMO ENGANAR O POVO BRASILEIRO-FANTÁSTICO DENUNCIA O ABORTO ILEGAL NO BRASIL

Como Enganar o povo Brasileiro Rede de TV denuncia para forçar a legalização do aborto

FANTÁSTICO DENUNCIA O ABORTO NO BRASIL-COMO FORMA PARA ENGANAR O POVO BRASILEIRO
APRESENTAÇÃO E RESUMO-Domingo à noite, dia primeiro de agosto de 2010, o programa"Fantástico", transmitido pela Rede Globo de Televisão, irradiou uma matéria na qual era abordada a questão do aborto clandestino no país.
Apesar de parecer que o programa tivesse sido elaborado para denunciar o problema, é importante que o público perceba claramente que a reportagem nada mais foi do que o apoio, por parte da emissora, ao projeto do governo Lula, comprometido com interesses internacionais, de promover o aborto no Brasil.

Esta mensagem explica e fundamenta por que o principal objetivo do programa não era denunciar a prática do aborto. Não é a primeira nem a última vez que a mídia e o governo brasileiro tentam promover o aborto por estes meios. A estratégia utilizada pela Rede Globo foi elaborada nos anos em 1990 em Nova York pela Fundação Ford, implementada pela ONU e seguida fielmente pelo governo Lula.

O ABORTO COMO PROBLEMA DE SAÚDE PÚBLICA: COMO ENGANAR O POVO BRASILEIRO

Na noite do primeiro domingo de agosto de 2010, o programa "Fantástico", transmitido pela Rede Globo de Televisão, transmitiu uma reportagem na qual eram exibidas cenas tomadas em clínicas de aborto clandestinas, revelando o envolvimento de policiais que protegem o crime, a conivência do Conselho Federal de Medicina, que só pune o médico que pratica aborto em caso de reincidência, e a permissividade das autoridades que permitem a venda ilegal de drogas abortivas.
Tentou-se manter pouco visível para o público que este programa fazia parte de uma série de outros que a Rede Globo vem apresentando como o veiculado pelo mesmo Fantástico no dia 10/6/2010, nos quais o aborto é sistematicamente apresentado como um problema de saúde pública.
É fato conhecido que apresentar o aborto como problema de saúde pública é a estratégia utilizada pelo nosso governo para promover não só a legalização do aborto, como também o reconhecimento desta prática como um direito.

Quando o governo insiste que o aborto deve ser considerado um problema de saúde pública, o que se quer dizer é que sua prática não mais deve ser considerada como uma questão de direito penal, o que, dito em outras palavras significa o mesmo que sustentar que a prática do aborto não deve ser proibida por lei.
Ora, segundo o próprio direito, tudo o que não é explicitamente proibido pela lei é direito dos cidadãos.É o que fez o governo Lula em 2005, ao reconhecer perante a ONU, em documento oficial, o aborto como um direito humano das mulheres e em seguida afirmando-se comprometido a revisar a legislação punitiva para as mulheres que praticam o aborto, conforme consta nas páginas nona e décima do "SEXTO INFORME PERIÓDICO DO BRASIL" apresentado pelo governo brasileiro em agosto daquele ano ao Comitê da ONU para a Eliminação da Discriminação contra a Mulher.


É o que fez também o governo Lula ao instalar, em 2005, uma Comissão Tripartite estabelecida com o propósito, segundo afirma em documento oficial, "DE EXAMINAR O TEMA DO ABORTO E APRESENTAR UMA PROPOSTA PARA REVISAR A LEGISLAÇÃO PUNITIVA DO ABORTO".

Em parceria com a ONU, o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para Mulher (UNIFEM) e com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a Comissão pretendeu demonstrar ao público "O DESCOMPASSO DO LEGISLADOR BRASILEIRO PERANTE A LEGISLAÇÃO DO ABORTO E A INCONSTITUCIONALIDADE DA CRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO" e passou a defender não mais a simples legalização do aborto, mas a própria "INCONSTITUCIONALIDADE DE QUALQUER CRIMINALIZAÇÃO DO ABORTO".

Como conseqüência dos trabalhos da Comissão Tripartite, o governo Lula, através da Secretaria da Política das Mulheres, depois da aprovação pessoal do próprio presidente, apresentou ao Congresso Nacional o substitutivo do PL 1135/91, cuja relatora e aliada do governo na Câmara veio a ser a então deputada federal Jandira Feghali, projeto que, em seus primeiros artigos, DEFINIA O ABORTO COMO UM DIREITO e nos seus últimos artigos REVOGAVA TODOS OS ARTIGOS DO CÓDIGO PENAL QUE DEFINIAM O ABORTO COMO UM CRIME, tornando-o com isso, caso o projeto viesse a ser aprovado, LEGAL DURANTE TODOS OS NOVE MESES DA GRAVIDEZ, DESDE A CONCEPÇÃO ATÉ O MOMENTO DO PARTO, e posicionando o Brasil como a nova e espetacular referência emergente no cenário internacional na difusão da Cultura da Morte. Na realidade, definir o aborto como um problema de saúde pública, retirando-o da esfera penal, é o primeiro passo para defender e promover esta prática como um direito, que é o objetivo que realmente se pretende com esta política.

O governo brasileiro, ao adotar esta postura, entretanto, nada mais está fazendo do que seguir o relatório programático estabelecido em 1990 pela Fundação Ford, conhecido como "REPRODUCTIVE HEALTH: A STRATEGY FOR 1990S" (Saúde Reprodutiva, uma Estratégia para os anos 90), no qual estimava-se que, para alcançar o crescimento populacional zero, não seria suficiente apenas a oferta de serviços médicos, mas seria necessário em primeiro lugar a promoção das mudanças sociais necessárias pelas quais as mulheres poderiam ser motivadas a não desejar ter filhos o que, segundo a Fundação, não era um problema que pudesse ser resolvido pela classe médica, mas pelos especialistas em ciências sociais, com os quais a Fundação trabalhava, como parte principal de seu programa, desde o fim da segunda guerra mundial.

As mudanças propostas envolviam:

1. A reconceitualização da saúde e a doença como processos sociais.
2. A introdução da educação sexual precoce.
3. O empoderamento das organizações de mulheres para promover os novos conceitos de saúde e direitos sexuais e reprodutivos.
4. A transformação dos julgamentos morais e dos valores éticos pelos quais as decisões reprodutivas são tomadas pelos indivíduos e pela sociedade.

A nova abordagem, pela qual estimava-se poder finalmente alcançar o crescimento populacional zero, foi imediatamente adotada pelas Conferências Mundiais sobre População promovidas pela ONU e pelo próprio Fundo de Atividades Populacionais da ONU (FNUAP), que passaram a exigi-las dos países membros como se fossem obrigações contidas em tratados internacionais de direitos humanos.

A estratégia, segundo o relatório da Fundação Ford, não poderia deixar de reconhecer a necessidade de promover o acesso ao aborto seguro, o que exigiria que a prática fosse enfocada de uma maneira inteiramente nova, transferindo-a do antigo esquema legal para o novo paradigma da saúde reprodutiva das mulheres, como está sendo feito pelo governo Lula que segue a mesma cartilha das Comitês da ONU e da Fundação Ford, ao qual agora somou-se também a Rede Globo de Televisão.

Segundo pode-se ler no "REPRODUCTIVE HEALTH: A STRATEGY FOR 1990S", com o qual iniciou-se toda esta nova política, "O RECONHECIMENTO E O RESPEITO PELOS DIREITOS REPRODUTIVOS, COM OS QUAIS A CRIMINALIZAÇÃO PENAL DO ABORTO POSSUI UMA RELAÇÃO DIRETA, É UM OBJETIVO DE LONGO PRAZO ESTABELECIDO PELA FUNDAÇÃO FORD".

O relatório, leitura obrigatória para quem quer entender o que realmente está acontecendo sobre este tema no Brasil, pode ser encontrado este endereço:
O modo como as diretivas contidas neste documento foram incorporadas às política da ONU e do governo Lula, com a finalidade de promover uma cultura da morte que, mais adiante, inevitavelmente irá converter-se em uma ditadura da morte, pode ser lido em detalhes no dossiê preparado pelas Comissões em Defesa da Vida das Dioceses de Guarulhos e Taubaté, intitulado "CONTEXTUALIZAÇÃO DA DEFESA DA VIDA NO BRASIL", disponível neste endereço:

Não podemos nos calar!!! É para você que é Cristão!

Vejamos abaixo o que devemos ver como prioridade e questão de Saúde Pública!!!...



Pr. Paschoal Piragina Jr
Presidente da Primeira Igreja Batista de Curitiba

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Secretário da CNBB: aborto é um crime que clama aos céus


Dom Dimas esclarece informações de imprensa

BRASÍLIA, segunda-feira, 23 de agosto de 2010 (ZENIT.org) – O secretário geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Dimas Lara Barbosa, reafirmou a “posição inegociável” da Igreja “de defesa intransigente da dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural”.

O bispo divulgou uma nota em que contesta o jornal O Estado de S. Paulo, que publicou matéria afirmando que Dom Dimas “admitiu que os católicos votem em candidatos que são favoráveis ao aborto”.

“Foi com desagradável surpresa que vi estampada minha fotografia no topo da página A7 da Edição de hoje, sexta-feira, 20 de agosto, com a nota de que eu teria admitido que os católicos votem em candidatos que são favoráveis ao aborto”, afirma o bispo na nota.

“O aborto é um crime que clama aos céus, um crime de lesa humanidade”, afirmou. Segundo Dom Dimas, os católicos “jamais poderão concordar com quaisquer programas de governo, acordos internacionais, leis ou decisões judiciais que venham a sacrificar a vida de um inocente, ainda que em nome de um suposto estado de direito”.

De acordo com o bispo, o contexto que deu origem à manchete em questão é uma reflexão que ele fazia em torno da diferença entre eleições majoritárias e proporcionais.

“No caso da eleição de vereadores e deputados (eleições proporcionais), o eleitor tem uma gama muito ampla para escolher. São centenas de candidatos, e seria impensável votar em alguém que defenda a matança de inocentes, ainda mais com dinheiro público”, explica.

“No caso de eleições majoritárias (prefeitos, senadores, governadores, presidente), a escolha recai sobre alguns poucos candidatos. Às vezes, sobretudo quando há segundo turno, a escolha se dá entre apenas dois candidatos. O que fazer se os dois são favoráveis ao aborto? Uma solução é anular o próprio voto. Quais as conseqüências disso? O voto nulo não beneficiaria justamente aquele que não se quer eleger?”

Segundo Dom Dimas, trata-se de “uma escolha grave, que precisa ser bem estudada, e decidida com base numa visão mais ampla do programa proposto pelo candidato ou por seu Partido, considerando que a vida humana não se resume a seu estágio embrionário”.

“Na luta em defesa da vida, o problema nunca é pontual. As agressões chegam de vários setores do executivo, do legislativo, do judiciário e, até, de acordos internacionais. E chegam em vários níveis: fome, violência, drogas, miséria...”

“São as limitações da democracia representativa. Meu candidato sempre me representa? Definitivamente, não! Às vezes, o candidato é bom, mas seu Partido tem um programa que limita sua ação.”

Por isso – prossegue o bispo –, o exercício da cidadania “não pode se restringir ao momento do voto. É preciso acompanhar, passo a passo, os candidatos que forem eleitos”.

Dom Dimas deseja “que o Senhor da Vida inspire nossos eleitores, para que, da decisão das urnas nas próximas eleições, nasçam governos dignos do cargo que deverão assumir. E que o cerne de toda política pública seja a pessoa humana, sagrada, intocável, desde o momento em que passa a existir, no ventre de sua própria mãe”.

Aborto: um debate cada vez mais sério

Tema que atravessa os Estados Unidos, Canadá e Inglaterra

Pe. John Flynn, L.C.

ROMA, domingo, 1º de agosto de 2010 (ZENIT.org) – Nestes dias, o aborto ocupa muitas manchetes. A candidata ao Tribunal Supremo dos Estados Unidos recebeu críticas pelo seu apoio ao aborto durante as audiências diante do senado para sua confirmação, sobretudo pelo seu papel como membro da administração de Clinton, que se opôs às leis que proibiam o aborto de gestações muito avançadas.

Por outro lado, os efeitos da lei de assistência médica aprovada pelo Congresso continuam causando enfrentamentos. National Right to Life lançou o sinal de alarme sobre os abortos que estavam sendo financiados sob os planos estatais de seguro médico que se financiam com fundos federais. O plano do Novo México acrescentava à lista o aborto como uma das suas coberturas, até que uma investigação de Associated Press fez que se eliminasse, segundo informou a agência de notícias no dia 14 de junho. A reportagem explicava que a lei federal proíbe que se pague o aborto com dinheiro do governo, exceto em casos de incesto ou para salvar a vida da mãe.

O amargo debate no Congresso sobre a lei de assistência médica do ano passado só terminou quando os democratas obtiveram suficientes votos para aprovar a lei, depois de que o presidente Barack Obama assinou uma ordem executiva impondo recortes ao financiamento federal de abortos.

Em consequência, o Departamento de Saúde e Serviços Sociais publicou uma declaração na qual se excluía o aborto de tais programas. O cardeal Daniel DiNardo, de Galveston-Houston, presidente do Comitê das Atividades Pró-Vida da Conferência Episcopal Americana, acolheu com satisfação a declaração, que evitava um “alarmante precedente” e pedia uma lei permanente que excluísse o aborto de todos os programas, segundo expressava em uma nota de imprensa, de 29 de junho, da Conferência Episcopal dos Estados Unidos.

A estas notícias seguiram os protestos sobre os planos da administração Obama de permitir abortos em hospitais militares. O cardeal Daniel Dinardo escrevia ao comitê do senado considerando esta mudança, incentivando-os a rejeitar a proposta. Esta medida acabaria com a longa política federal e militar de não-promoção do aborto por parte do governo, segundo afirmou em uma declaração publicada no dia 29 de junho pela conferência episcopal.

O cardeal DiNardo afirmou que a atual política militar está em harmonia com a política federal: “Tampouco podem ser usadas outras instalações sanitárias federais para abortos seletivos, e muitos Estados têm suas próprias leis contra o uso de instalações públicas para tais abortos”.

Restrições clínicas

O enfrentamento sobre o aborto não é menos intenso no âmbito estatal nos Estados Unidos. Em Missúri, o governador Jay Nixon permitiu que uma proposta – que exige às clínicas abortivas que ofereçam imagens de ultrassonografias e do coração batendo dos fetos – se convertesse em lei, informou em 14 de julho Associated Press.

A lei de Missúri já ordena que se fale a uma mulher sobre os riscos físicos e psicológicos do aborto pelo menos 24 horas antes de submeter-se ao procedimento. Estas medidas adicionais aprovadas exigirão uma consulta pessoal ao invés de telefônica, e que as mulheres recebam uma descrição “das características anatômicas e psicológicas da criança não-nascida”, junto com o oferecimento de uma ultrassonografia.

Em 2008, segundo fontes citadas por Associated Press, foram praticados 7.400 abortos em Missúri.

O Nebrasca é outro Estado no qual entraram em vigor novas leis sobre o aborto, segundo informou em 13 de julho o jornal Washington Times. Em vigor desde 15 de julho, a Lei de Proteção da Saúde das Mulheres exige que as mulheres que solicitem o aborto sejam submetidas a um exame de temas de saúde mental e também lhes é perguntado se estão sendo pressionadas para que abortem. Além disso, a lei dá direito às mulheres de levar aos tribunais os que praticaram os abortos, caso desenvolvam problemas mentais ou psicológicos como resultado do procedimento.

Uma segunda lei proíbe o aborto após a 20ª semana de gestação, exceto para salvar a vida da mãe.

No último minuto, a lei foi bloqueada por um juiz federal, segundo informou em 14 de julho Associated Press. O juiz de distrito Laurie Smith Camp concedeu a Planned Parenthood uma proibição preliminar sobre a base de que a lei torna impossível o aborto no Estado.

Esta legislação no âmbito estatal é cada vez mais comum, comentou uma reportagem do New York Times em 3 de junho. Somente neste ano, pelo menos 11 Estados aprovaram leis que regulam o aborto. O artigo citava estatísticas da cena legislativa de uma organização pró-aborto, o Guttmacher Institute. Na primeira metade de 2010, foram submetidas a votação cerca de 370 leis estatais que regulam o aborto – um número a ser comparado com as 350 de cada um dos 5 anos anteriores. Neste ano, pelo menos 24 dessas leis foram aprovadas.

“Cerca de 90% da legislação pró-vida está nos Estados”, declarou ao New York Times Daniel S. McConchie, vice-presidente para assuntos governamentais de Americans United for Life.

O caso do Canadá

Um pouco mais ao Norte, no Canadá, o aborto também aparece nas manchetes. No começo deste ano, o debate se centrou sobre se o governo deveria financiar o aborto com as ajudas aos países em desenvolvimento. As autoridades federais optaram por não financiar os abortos. Enquanto o assunto era debatido, Margaret Somerville, diretora do Centro de Medicina, Ética e Direito da Universidade McGill, escreveu um artigo de opinião para o jornal Ottawa Citizen no dia 30 de abril. No texto, ela dizia que o aborto não deveria ser financiado baseando-se em uma decisão ética que valorizasse a vida humana.

Indicava, além disso, que inclusive o assim chamado “aborto seguro” implica em riscos para as mulheres.

Pouco depois, o arcebispo de Québec, cardeal Marc Ouellet, reabriu o tema do aborto pedindo que se voltasse a examinar a legislação, segundo informou a CBS no dia 26 de maio. O cardeal Ouellet, nomeado pouco depois pelo Papa como prefeito da Congregação de Bispos, condenava o aborto como um crime moral.

Suas declarações receberam duras críticas, mas afirmou que não julgava as mulheres individuais, ao mesmo tempo em que pedia ao governo que ajudasse a reduzir o número de abortos.

“O debate sobre o aborto está aberto – afirmava. E não devemos ter medo”, observou a reportagem da CBS.

Do outro lado do Atlântico, na Espanha, entrou em vigor uma nova lei que permite o aborto sem restrições durante as 14 primeiras semanas de gravidez, segundo informou em 5 de julho Associated Press. A lei foi aprovada pelo congresso espanhol, controlado pelo Partido Socialista, no começo de 2010. Também permite que adolescentes de 16 e 17 anos abortem sem a autorização dos seus pais, ainda que devem informá-los sobre o fato.

A oposição do Partido Popular levou a nova lei do aborto à mais alta instância judicial do país, o Tribunal Constitucional, mas no dia 14 de julho este determinou que não se suspenderia a nova lei enquanto decide a apelação contra ele, segundo informou em 15 de julho Associated Press.

Debate sobre a dor do feto na Inglaterra

O aborto também esteve em primeiro plano na Inglaterra, onde um informe sustentava que um feto humano não pode sentir dor antes da 24ª semana, segundo informou o jornal Times em 25 de junho.

O estudo, do Royal College of Obstetricians and Gynecologists, foi interpretado como um reverso aos esforços das organizações pró-vida para reduzir o limite temporal para abortar. Estas tentaram mudar as leis, reduzindo de 24 para 20 semanas o limite em que podem ser realizados os abortos.

Christian Odone, comentando a notícia no jornal Telegraph de 25 de junho, disse que “a mensagem implícita é que a dor deveria ser nosso critério de moralidade”. Mas aceitar essa ideia significaria uma mudança radical em nosso sistema ético – sustentou. Em uma situação assim, o bem e o mal se tornariam conceitos meramente relativos baseados em uma escala de dor.

“O comportamento que não produz dor, como seguir adiante com assuntos ilícitos, não seria aceitável, como dar uma injeção fatal a um paciente em coma ou senil: nem a traição secreta nem a morte prematura importam, se ninguém sente for”, comentou. Esta é uma observação muito válida que chama a atenção sobre a importância fundamental da defesa da vida humana.

Quando se abandona o mais importante, as consequências são imensas.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Deputada brasileira afirma: “Nasci depois de um estupro. Não posso ser a favor do aborto!”

A Deputada Fátima Pelaes durante reunião que aprovou o Estatuto do Nascituro na Comissão de Seguridade e Família, na última quarta-feira, 19, comoveu os deputados na Comissão de Seguridade e Família, que aprovou o texto substitutivo deste projeto, ao compartilhar que ela mesma foi concebida depois de uma violação e ainda assim sua mãe optou por não abortá-la. Por isso hoje, Fátima luta pelo direito à vida desde a concepção seja qual for a circunstância em que esta seja ocasionada. O projeto define o direito à vida desde a concepção e protege o nascituro contra qualquer forma de discriminação que venha privá-lo do seu direito a nascer.

A deputada conta que veio à luz num presídio misto e viveu na casa de detenção por três anos, após um ato de violência sexual sofrido por sua mãe. Fátima Pelaes, deputada pelo Estado do Amapá, militante pelas causas das mulheres, das crianças e dos adolescentes, foi quem relatou a CPI sobre o extermínio de crianças e adolescentes (1992), presidiu a CPI que investigou a mortalidade materna no Brasil (2000/2001) e criou a lei, de 2002, que estendeu a licença-maternidade para mães adotivas.

Ontem, durante a sessão da Comissão de Seguridade e Família na Câmara dos Deputados em Brasília, quando ainda estava em pauta o Estatuto do Nascituro, contou ser fruto de um estupro realizado dentro da prisão. Sua mãe quis abortá-la, a princípio, mas decidiu por sua vida: para que sua história pudesse salvar a história de muitos outros, muitas outras.

“Nasci depois de um estupro. Não posso ser a favor do aborto!”, relatou.

Quando ela acabou de falar, todos estavam chorando, emocionados. O deputado Arnaldo Faria de Sá tomou o microfone e convocou uma resposta à altura do depoimento de Fátima: “Senhores, depois deste testemunho como não ser a favor da vida dos nascituros?”

Os deputados pró-vida defenderam a urgência da aprovação do projeto durante a acalorada votação.

Os deputados abortistas denunciavam falsamente que o Estatuto do Nascituro tinha por objetivo criminalizar as mulheres e revogar o Artigo 128 do Código Penal, que autoriza o aborto praticado por médico em casos de estupro e de risco de vida para a mãe. Mesmo assim, depois de quatro horas de discussão, e ante as provocações das abortistas enfurecidas com um projeto que (se chega a ser sancionado pelo Presidente da República) terá o poder de paralisar as ações contrárias ao bem-estar da mãe e do bebê, foi finalmente aprovado por esta comissão o texto substitutivo do Estatuto do Nascituro.

Agora o projeto de lei inicialmente formulado pelos deputados Luiz Bassuma e Miguel Martini segue para a Comissão de Finanças e Tributação e depois para a Comissão de Constituição. Sendo aprovado por lá o projeto será encaminhado para votação no plenário e por último é entregue para a sanção do presidente da república.

Fonte: ACI Digital